Jornalista indiano culpa hipnose por fraude

Em Nova Delhi, Índia, um jornalista de 40 anos afirmou que uma pessoa o “hipnotizou” por telefone e o enganou. A polícia, contudo, percebeu o caso como uma “fraude cibernética”, e não hipnose.

Fraude cibernética: vítima diz ter sido hipnotizada

Sobre a fraude cibernética

Ramesh Kumar Raja apresentou um boletim de ocorrência à Polícia de Delhi em 25 de abril de 2023 detalhando o suposto crime.

“A pessoa que ligou fingiu ser meu conhecido e, durante a conversa telefônica, me hipnotizou. Desviou minha mente e processo de pensamento para obter transações fraudulentas”, contou Raja.

Ele afirmou que no dia 7 de março recebeu uma ligação de um desconhecido que foi educado e simpático.

“Eu disse a ele que não sabia quem ele era. Então ele educadamente disse: ‘não, não, por favor, adivinhe quem eu sou. Como você pode me esquecer?”.

“Como a voz dele se parecia com a de um amigo, ele perguntou se era ele e ele disse: ‘Sim, agora você me reconheceu corretamente'”, completou Raja.

Raja disse que sentiu como se tivesse perdido seu poder de raciocínio ao falar com ele e começou a seguir suas instruções. Demorou algum tempo para Raja perceber que foi vítima de fraude cibernética. 

Raja sente que sua mente estava completamente paralisada para questionar sua própria ação. No entanto, um policial rejeitou a sua alegação. 

“Este é o tipo mais normal de fraude cibernética. Tenho recebido muitos desses casos em que as pessoas recebem ligações onde os estranhos primeiro pedem que reconheçam e depois os enganam após um bate-papo amigável”, disse o policial.

Santhosh Babu, um praticante e professor de hipnose por 30 anos, diz que a história de Raja provavelmente não tem nada a ver com hipnose. Ele acrescentou que é um equívoco entre as pessoas que alguém possa hipnotizá-las contra sua vontade. 

“Não posso obrigar uma pessoa hipnotizada a fazer algo que ela não gosta. Realizei várias demonstrações de hipnose apenas para remover os equívocos sobre a hipnose”, disse ele.

Existe hipnose sem autorização?

Embora seja comum afirmar que um indivíduo só pode ser hipnotizado se autorizar, essa definição não expressa a realidade em vários casos. Por exemplo, uma brincadeira muito comum em hipnose é fazer um hipnotizado comer uma cebola achando ser uma maçã,.

Conforme brilhantemente documentado pelo psiquiatra e psicólogo americano Milton Erickson, uma mente confusa ou focada está ocupada, e assim torna-se vulnerável a aceitar sugestões. Trata-se de um dos muitos conceitos da chamada “hipnose ericksoniana”.

Por isso, é tecnicamente possível que o jornalista estivesse falando a verdade. Afinal de contas, as sessões de hipnose realizadas via internet possuem rigorosamente os mesmos benefícios e resultados que sessões presenciais. Dessa forma, é imprescindível compreender os truques do cérebro para que não seja vítima de fraude.

Aprenda os truques da mente

Existem vários cursos que se propõem a explorar as técnicas de hipnose. Contudo, não oferecem uma boa formação, possuem pouca duração, e não oferecem prática, o que deixa a desejar para quem tem interesse sobre o tema. Desta forma, formam hipnólogos despreparados.

Por isso, o Jornal da Hipnose indica a formação completa em Hipnose da Academia da Hipnose. Ela possui ótimos diferenciais, como turmas reduzidas, aulas práticas supervisionadas e hipnoterapia inclusa, sem custos adicionais. Invista em cursos que valem a pena.